HILDEGARDE DE BINGEN – 25-10-2010
Mensagem publicada em 29-10-10, pelo site
AUTRES DIMENSIONS.
De meu Espírito a seu Espírito, de seu Espírito
a meu Espírito, Irmãos e Irmãs em Espírito e na humanidade, eu sou
Hildegarde.
Eu venho para vocês, em Espírito de Verdade,
para falar do caminho de meu Espírito que será o caminho de seu Espírito.
Permitam-me voltar sobre minha experiência e
minha vida na densidade Dimensional na qual vocês estão hoje.
Muito jovem, eu vivi a Luz do Espírito.
Eu escapei, como alguns de vocês o fazem hoje,
a esta densidade.
Eu me reencontrei, muito jovem, aliás, nos
mundos que me foram, frequentemente, impossíveis de descrever com as
palavras.
Eu vivi, sozinha, o que ninguém podia me
explicar, que nenhuma história humana ou nenhuma experiência humana havia
consignado.
O que eu vivi naquela época não podia de forma
alguma se explicar, nem mesmo ser reportado de outro modo que no interior do
que, naquela época, pareceu-me o mais próprio a estar, no mínimo em adequação,
no ideal do que eu tinha vivido.
Do exterior, o lugar onde eu fui, onde eu vivi,
foi chamado de arrebatamento, êxtase, ausência, ou mesmo epilepsia, por alguns
médicos, ou possessão.
O que eram essas palavras com relação ao que
minha Consciência estava imersa?
É claro, a tradução foi esta soma de
conhecimentos musicais, da natureza, dos mundos invisíveis, que eu passei toda
minha vida a consignar.
Eu não estou aqui para falar disso, porque isso
é acessível.
Eu vim, antes, testemunhar, por minha Presença,
pela própria Vibração de minha Presença e, sobretudo, tentando colocar em forma
com vocês, o processo, além das palavras, que eu vivi então.
Em um momento preciso de minha vida, em que
mais nada parecia possível, eu decidi me abandonar, de algum modo morrer e, para
isso, eu mergulhei em mim mesma, não num fluxo de pensamentos, nem numa qualquer
tristeza, mas foi então um mergulho em mim mesma – eu não encontrei melhor
expressão – como se eu diminuísse.
Eu acompanhei essa diminuição porque esperava
que, no final dessa diminuição, eu desapareceria desse mundo.
Eu parecia concentrar minha Consciência sobre
um ponto.
Eu queria me fundir nesse ponto para que esse
ponto desaparecesse, ou seja, que eu tivesse mais existência para sair, mesmo,
desse mundo.
Nesse processo de diminuição, não havia
qualquer angústia, simplesmente a certeza de desaparecer, inteiramente, a
certeza de não mais existir.
Esse ponto, eu havia primeiro imaginado atrás
de meus olhos, mas o ponto permanecia sempre.
Então, ao final de um tempo que eu não posso
determinar, eu decidi desaparecer por outro ponto, eis que aquele não queria
desaparecer.
Então, eu decidi que seria no meio de meu peito
que talvez eu pudesse desaparecer.
Eu observei, primeiro, que esse ponto pulsava e
que minha Consciência pulsava segundo o modo pelo qual eu respirava; então, eu
decidi também não mais respirar.
E, de um golpe, de um único, eu perdi a
consciência desse ponto e desse corpo e mesmo desta respiração.
E aí, efetivamente, de um golpe, eu não existia
mais.
No momento mesmo em que tive a impressão de que
tudo desaparecia, eu me encontrei em outro lugar, num estado em que não havia
mais a menor possibilidade de se agarrar ao que quer que fosse.
Não havia mais respiração, mais corpo e, no
entanto, isso não era o nada porque, pouco a pouco, eu me fundi em algo que
nenhuma palavra pode traduzir.
Minha Consciência se tornava o que eu
queria.
É claro, o que me atraiu mais, num primeiro
tempo, foram os sons que eu não podia localizar (eu não era mais esse corpo, eu
não estava mais em parte alguma) e, focalizando-me nesse som, eu me tornei esse
som.
O som se modula e depois eu me tornei esta
modulação.
Esta modulação tornou-se uma cor, inexistente
de onde eu vinha, e eu me tornei esta cor.
As formas que eu podia adivinhar e não ver, que
eu podia também me tornar, frequentemente os triângulos.
Eu me apercebi então que eu podia me tornar,
literalmente, tudo o que estava lá.
Muito rapidamente, então, eu me disse: «eu, que
não queria mais existir, eis que eu existo no Todo».
Então, naquele momento, eu emiti o que chamaria
de um pensamento, mas, antes, uma tensão que, para mim, na realidade que eu
acabava de deixar, evocava a perfeição.
Eu me coloquei a evocar uma tensão para o sol
e, depois, para o Cristo, ao mesmo tempo.
E aí ocorreu o que eu poderia chamar, em
palavras humanas, uma detonação, uma explosão.
Eu me tornei então o sol e eu penetrei então
algo que não era eu, eu tinha a convicção, mas que eu me tornei
instantaneamente.
Quando eu digo que eu me tornei, não era mais
eu, mas eu era Ele em sua carne, em sua memória, em seu Espírito.
Uma experiência, uma vivência que nenhuma
palavra pode traduzir.
Então eu decidi que não era realmente tudo o
que eu havia me tornado, mas o que eu queria, então, era desaparecer.
E, naquele momento, eu ouvi uma palavra ecoar
em seu corpo.
Essa palavra eu posso traduzir pelo «Si» e,
naquele momento, instantaneamente, eu me tornei o Todo, se é que eu posso
expressar essa palavra tão simplesmente.
E aí, eu passo por sensações extremamente
violentas, eu as chamaria assim, ainda hoje, de uma intensidade extrema de sons,
de formas, de cores, de mundos, de Consciências diferentes nas quais,
literalmente, eu estava.
Naquela época, não havia ainda, em minha
cabeça, a possibilidade, voltando, de encontrar o que quer que corresponda à
vivência que eu acabo de expressar.
É claro, hoje, lá onde eu estou, esta
experiência é conhecida, foi vivida e descrita, bem melhor do que por mim.
Naquela época, eu não procurava descrever o que
era indescritível, sob pena de ser queimada, então eu decidi, em minha vida, me
impregnar desta experiência que eu tinha a possibilidade de dirigir, desta vez
sem querer desaparecer e traduzir isso do modo como eu tudo transcrevi.
Este estado foi descrito e a expressão a mais
adequada que eu posso encontrar seria a dissolução do ego, a realização do Si e,
ao mesmo tempo, a dissolução final.
Eu lhes falo disso quando de minha primeira
vinda, assim, coletiva, entre vocês, para lhes dizer que toda vida criada, toda
vida existente, toda Consciência existente não pode se perder ou
desaparecer.
Ela pode se transformar.
Ela pode ir (chame assim, se querem) do
infinitamente pequeno ao grande Todo.
É exatamente isso que se prepara.
Cada um de vocês se tornará o que criou, em sua
própria Consciência.
Lembrem-se do início de minha história: eu
coloquei o ponto onde eu queria me fundir e desaparecer, primeiro, muito
logicamente, na cabeça.
O único lugar onde eu pude viver realmente o
que eu havia projetado foi o centro de meu Coração, lá onde isso respirava, lá
onde isso batia.
Eu sei que hoje vocês sabem todos, mesmo sem
realizá-lo verdadeiramente, que o essencial atua ali: esse ponto central de seu
Coração.
Eu lhes falei também de concentração.
A aniquilação total da consciência, nesse
ponto, conduz ao Todo.
Então, um determinado Arcanjo, como Uriel,
falou-lhes de reversão.
Um Melquisedeque falou de switch.
Eu, eu lhes digo que o abandono à Luz e a
tensão ou concentração nesse ponto conduz ao infinito e que extrair-se do mundo
que eu queria me extrair (tendo compreendido naquele momento que era uma ilusão,
aí também), permitiu-me, contudo, viver, nesse ponto, esta alquimia.
A passagem do infinitamente pequeno, o fato de
não ser mais nada nesse mundo conduz ao ser tudo em outro lugar.
Eu compreendi também (porque havia estudado e
compreendido a vida do Cristo) o que já exprimi (e que exprimiram na sequência,
é claro, inúmeras Consciências que se liberaram): de fato, vocês não podem se
liberar estando apegados ao que quer que seja e, sobretudo, vocês não podem se
liberar enquanto estão apegados a vocês mesmos.
Não é a negação da vida, mas é a própria
compreensão e a própria vivência do que eu chamei, seguindo a Cristo, o
Renascimento ou a Ressurreição, porque é exatamente a mesma coisa.
Vocês devem desaparecer inteiramente, no espaço
de um instante, desta realidade, para se levar ao outro lado.
Vocês são grandemente ajudados, hoje, por tudo
o que esse sistema solar e nós mesmos lhes enviamos.
Mas são apenas vocês que podem se fazer muito
pequenos para não mais existir em nenhum lugar, a não ser nesse ponto e passar,
então, para o Tudo.
Este abandono é verdadeiramente um abandono de
tudo.
É preciso, como lhes disse o Arcanjo Anael, se
dar.
É um mecanismo preciso da Consciência.
Não é uma visão do Espírito.
É, eu diria, uma tensão, mas uma tensão que não
é da ordem da vontade, mas uma tensão do Espírito para ele mesmo.
O que está acontecendo nesse sistema solar para
todas as consciências é exatamente a mesma coisa.
A reversão, a minha, que eu lhes expressei,
será também a sua.
A experiência que eu acabo de lhes contar não é
simplesmente a história de uma experiência, mas, bem mais, uma tela de que será
preciso rememorar a existência, no momento vindo, ou no momento em que vocês
decidirem dar esse último passo.
A grande diferença é que, hoje, vocês fazem
isso estando informados de várias maneiras de outras realidades, de outros
mundos, de outras Dimensões, mas a passagem é estritamente a mesma.
Tornar-se, como o disse minha Irmã Santa
Teresa, em sua vida, a menor entre todos.
Apenas fundindo-se nessa pequenez, nesta
insignificância, como ela o disse, que vocês percebem o tudo.
O intelecto é exatamente o inverso enquanto ele
não está aberto a esta Verdade do Coração.
Em contrapartida, eu demonstrei, voltando de
minha experiência, que o acesso ao verdadeiro conhecimento, naquele momento, era
instantâneo e direto no Coração.
Não era o conhecimento intelectual, nem um
conhecimento que vocês chamariam hoje de esotérico ou iniciático, mas
efetivamente um conhecimento direto e instantâneo situando-se no Coração, o
lugar por onde eu passei.
Porque, uma vez que a passagem é realizada,
tudo é possível, absolutamente tudo.
Naquele momento, vocês se tornam criadores de
sua realidade, aqui como em outros lugares, porque vocês não estão limitados ao
aqui.
Sua consciência investiu inteiramente neste
aqui.
Assim, portanto, vocês são limitados, e vocês
ainda creem, a esse corpo, a essas funções, a esta personalidade, mas, agora e
já, sua Consciência é, desde sempre, multidimensional.
Nós havíamos todos, simplesmente,
coletivamente, esquecido.
Fizeram-nos esquecer.
Assim, sua Consciência existe nesse corpo,
nesta vida, mas ela existe, de maneira simultânea, em todos os corpos e em todas
as vidas que vocês tiveram nesta matriz, não num passado, não num futuro, mas
agora, do mesmo modo que vocês existem em seu corpo de Luz ou seu corpo imortal,
corpo de Existência, de toda a Eternidade.
É isso que se avança, agora, para vocês.
Nesta Ilusão, vocês estão presentes por toda
parte, efetivamente, ao mesmo tempo.
É isso o que vocês irão revelar.
Não é uma criação, mas, verdadeiramente, uma
revelação.
É por isso que vocês só podem aceder à
Consciência, chamada de pura e liberada, aceitando se extraírem, inteiramente,
do que vocês creem ser.
Extrair-se não é se suprimir ou morrer, é
totalmente o inverso.
Há realmente, pela Luz Vibral que desce agora
em fluxos contínuos sobre esta Terra, que se desidentificarem de um papel, de
uma função, para se identificarem à Verdade que não é absolutamente o que os
sentidos comuns lhes sugerem.
Aliás, o silêncio dos sentidos, o silêncio das
atividades exteriores é o caminho para conduzi-los para seu Ser Interior.
Aí está, Irmãos e Irmãs em Espírito e na
Humanidade, o que queria compartilhar, com vocês, pela Vibração de minha
Presença.
Se existe, em vocês, especificamente com
relação a esse processo de Consciência, não o meu, mas também o de vocês,
questionamentos, então, eu responderei.
Questão: poderia voltar a desenvolver sobre a
multidimensionalidade?
Irmão em Espírito, isso é extremamente difícil
porque, como eu o disse, as palavras são bem frágeis, extremamente limitadas
pelo próprio cérebro, porque o cérebro não terá jamais acesso à
multidimensionalidade.
O que tem acesso à multidimensionalidade é,
justamente, a Consciência desembaraçada desse cérebro.
A melhor descrição é aquela que eu lhes dei,
não há outras: vocês se tornam ao mesmo tempo a forma, o som, a cor, vocês se
tornam todas as formas, todas as cores, todos os sons, todas as músicas, vocês
se tornam a estrela, o átomo, a flor, vocês se tornam a própria Luz, o próprio
Cristo.
Em resumo, vocês se tornam o que sua
Consciência é.
E sua Consciência é exatamente o que ela
decide.
É impossível, pelas palavras, fazê-los mesmo
vislumbrar o que isso pode ser.
Alguns Arcanjos e alguns Melquisedeques ou
algumas Irmãs têm a capacidade de fazê-los se aproximar, nesse corpo, deste
estado, chamado de estado de Presença ou realização do Si.
É um primeiro esboço – e eu digo sim esboço –
do que é a multidimensionalidade.
A melhor forma de ali chegar é, como eu disse,
se desidentificar, quer dizer, tornar-se pequeno, cada vez menor, até não mais
querer ser o que quer que seja, ao mesmo tempo estando totalmente na vida.
É o único modo de ali chegar.
Descrever, o que é impossível com as palavras,
os estados Vibratórios da própria Consciência, não seria de qualquer ajuda,
porque as palavras são bem frágeis.
Se você espera colocar isso em equações, mesmo
se alguns de seus cientistas ali cheguem hoje, a equação não é a vivência, a
compreensão ainda menos, a descrição ainda menos, porque apenas a Consciência
pode vivê-lo e certamente não o intelecto.
Questão: você pode desenvolver o que é a
Repulsão no âmbito das Estrelas de Maria?
É exatamente o que eu expressei através de
minha experiência.
Esta repulsão é o que me permitiu, na
experiência inicial de aniquilação de minha consciência e de minha presença
nesse mundo, viver o que eu vivi.
A Repulsão a que se refere não é nem o Mal, nem
o fato de estar em repulsão com relação a um elemento ou um acontecimento.
É uma transcendência da Repulsão, que eu
chamei, esta tensão para a aniquilação, esta tensão do Espírito, este abandono à
Luz: a doação de si.
Minha Irmã Teresa teria chamado a isso a
própria negação, em Consciência, chamada a humildade extrema, sem ir, como o
viveram alguns, até a flagelação ou outros (as sevícias corporais a nada servem,
estritamente a nada).
É somente uma atitude da Consciência que conduz
a isso.
É isso a Repulsão.
De outro lado, a Repulsão, eu poderia chamá-la
de atração final, aquela em que tudo se resolve, ou seja, o retorno final à
Fonte.
Voltar Si mesmo, voltar a ser a totalidade da
Fonte por uma forma – e ainda a palavra é frágil – de mimetismo ou de
sobreposição, seria talvez a palavra exata.
Ainda uma vez, essa palavra não pode ser
compreendida com seu cérebro, em termos dinâmicos, somente pela oposição ao Bem
ou à Atração.
Ainda uma vez, as palavras são bem
frágeis.
Olhem, por exemplo, o que foi chamada a Estrela
Visão.
Quando vocês falam de Visão vocês têm tendência
a falar da visão ocular ou de uma visão Interior, mas Visão é bem mais do que
isso.
Não é unicamente a visão tal como a entende o
cérebro e os sentidos.
Aí está o que eu posso dizer de Repulsão.
Em resumo, em minha vida, eu tive êxito em
sair, literalmente, do confinamento no triângulo a que vocês chamaram
Luciferiano, para transcender minha própria condição.
O que eu vivi, de maneira única, vai se viver
hoje.
Quando os místicos orientais disseram que tudo
estava no Interior, é a estrita Verdade.
Há mesmo, nesse corpo, no próprio Interior do
que vocês são, a totalidade dos mundos.
Eu não sei quem disse que, se o conjunto da
matéria dos universos e das Dimensões se concentrasse em um único ponto, este
não seria maior do que a cabeça de uma agulha.
Eu penetrei a cabeça da agulha.
Questão: por que se tem um cérebro que incomoda
para atingir a multidimensionalidade?
Irmã em Espírito, não é o cérebro que incomoda,
é a própria arquitetura do cérebro.
Sem entrar nos detalhes, vocês estão num corpo
de baixa Vibração ou de baixa densidade, de densidade muito pesada onde, antes
mesmo da falsificação, a opacidade e a compacidade eram a regra, sem, contudo,
bloquear o acesso ao outro lado.
Não há, portanto, que julgar seu cérebro como
responsável, mas, sim, a própria consciência, que foi confinada.
O cérebro é apenas a concretização deste
confinamento, não em sua totalidade, mas em alguns aspectos.
Não há, portanto, criação de cérebro que
limitaria o que quer que seja.
O cérebro é criado para um objetivo e para uma
Dimensão.
A Consciência existe em todas as
Dimensões.
Questão: para viver o que você viveu, é preciso
consagrar um máximo de tempo?
Eu jamais pronunciei essas palavras, uma vez
que esta experiência chegou de modo inicial, como para muitos seres que viveram
isso.
Querer ali emprestar um tempo, querer ali
emprestar algo de longo, é um erro.
Todos aqueles, sem exceção, Irmãos e Irmãs em
Espírito presentes sobre esta humanidade, que o realizaram, em diversos
períodos, realizaram-no instantaneamente.
Instantaneamente.
Não é, portanto, um caminho, é um mecanismo da
Consciência.
Enquanto vocês permanecem na Ilusão de crer que
é um caminho, vocês não viverão esta Consciência.
É o mental que crê e que criou isso.
Sem exceção, quaisquer que sejam as tradições,
os povos, as culturas, sem qualquer exceção, aqueles que viveram isso,
viveram-no instantaneamente.
É justamente o momento em que a Consciência
aceita que não há nada a buscar no exterior que isso se produz.
É exatamente o inverso da proposição
formulada.
Questão: como se pode viver esse processo na
sociedade de hoje?
Mas eu responderia, como lhes disse o Arcanjo
Uriel, o que você quer se tornar?
E, sobretudo, o que você quer ser?
Não é questão de reconduzir este estado para
ostentá-lo nesse mundo.
Não é algo que se adquira.
Não é algo que possa se conformar, justamente,
a esse mundo.
É uma escolha.
A escolha, quando vai para esta Consciência,
como o mostraram todos aqueles que o viveram antes de vocês, fez com que eles
tenham, no entanto, persistido, para alguns, muito tempo, nesta ilusão.
Cada um a seu modo tentou transmitir os
ensinamentos, os fragmentos.
É o mental que pensa assim, como sempre.
O mental é crença.
A Consciência é experiência.
O mental não poderá jamais resolver o problema
da experiência, porque ele não é a experiência, ele é crença.
A Consciência é Liberdade, o mental é
confinamento.
Não há outras possibilidades de saída,
nenhuma.
E, no plano coletivo, o conjunto de Irmãos e
Irmãs em Espírito terá que realizar essa escolha.
Que vocês a tenham realizado agora ou no último
instante, é, em definitivo, sempre a mesma escolha: o confinamento ou a
Liberdade.
Mas a Liberdade não se pode viver permanecendo
confinados.
É preciso, primeiro, viver a Liberdade.
Nós lhes demos, uns e outros, muito numerosos
elementos, pelas palavras, pelas Vibrações, por muitos exercícios, mas,
definitivamente, nós sempre dissemos que apenas você é quem pode dar esse
passo.
Não há qualquer obstáculo que exista, da ordem
mental, dizendo que não é compatível com isso, não é compatível com minha
vida.
Então, naquele momento, muda a vida.
Enquanto o mental é derivado e preso aos medos
– medo da falta, medo de não mais estar inserido nesta realidade – isso apenas
faz traduzir o medo da transformação.
Este medo de que lhes falou Sri Aurobindo, como
uma secreção do mental.
O choque e os choques que estão para viver e
que vocês viverão, poderão apenas aumentar a secreção do medo ou então
conduzi-los a este último abandono, que eu chamei esta tensão.
Em resumo, a Unidade, a multidimensionalidade é
proposta a todo o mundo, sem exceção.
Mas, para aceitar e aceder à
multidimensionalidade, é preciso fazer o luto, a renúncia a esta Dimensão, mesmo
o mental, sabendo que é uma experiência, em definitivo, quando vocês voltam,
antes do fim, o mental existe sempre, mas você o superou.
Enquanto a questão se coloca é que o mental não
quer soltar e que o medo está subjacente.
É o mesmo princípio que pode existir no que
vocês chamam, eu creio, hoje, de esportes extremos, onde é preciso vencer o
medo.
Mas o medo não se vencerá jamais pelo
mental.
Ele apenas pode se vencer através do que eu
acabo de expressar.
Se você analisa, com o mental, o que acontece
hoje, a própria questão que você acaba de colocar é a ilustração perfeita e
total do mental que recusa deixar soltar, porque ele não pode conceber e aceitar
que a Consciência exista independentemente do mental.
Questão: parece-me difícil de ali chegar como
você chegou.
Tudo isso representa, aí também, apenas o
mental, e exclusivamente o mental.
Da visão que eu tenho, de onde estou, isso se
tornaria, em outros termos – e não veja aí qualquer ofensa – patético e
dramático.
O que é patético e dramático é o mental e não
você, Irmã em Espírito.
Questão: é então tão simples como soprar uma
vela para apagá-la?
A imagem é perfeitamente encontrada.
É preciso que a tensão da Consciência,
traduzida por soltar, abandono à Luz, seja total.
O mental fará sempre tudo para
impedi-los.
É o papel dele.
Não temos mais perguntas. Agradecemos.
Irmãos e Irmãs em Espírito e na humanidade,
queiram aceitar minha bênção.
Eu lhes digo até mais tarde.
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Compartilhamos essas informações em toda
transparência. Agradecemos de fazer o mesmo, se a divulgarem, reproduzindo
integralmente o texto e citando a fonte: www.autresdimensions.com.
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